domingo, 17 de novembro de 2013

...::: Devo fazer o que gosto ou gostar do que faço? - Uma abordagem sobre Recursos Humanos :::...




Um grande amigo me questionou quanto à dúvida de um amigo seu. Seu amigo disse: “Não faço o que gosto, mas gosto do que faço”.

Disse a ele que escreveria sobre o assunto.

Essa frase é emblemática, e para mim tem vários sentidos e sentimentos implícitos. Ele se refere à carreira, o trabalho em si.

Numa conta simples, o profissional que trabalha 8h por dia, mas que acorda cerca de 2h antes e chega em casa 2 horas depois do expediente, terá voltado suas energias e tempo dedicado ao trabalho cerca de 12h POR DIA. Ou seja, mais da metade, e se formos contar tempo/horas úteis, é mais alarmante. Apesar de ideal, poucos dormem por 8h. Então somemos 6h de sono mais 12h, num total de 18h menos às 24h do dia, teremos de sobra somente 6h. Então essa pessoa terá apenas 6h por dia para fazer outras atividades, e terá 12h de dedicação ao trabalho. Isso significa um pouco mais da metade da vida.

Vivemos numa sociedade que se deteriora cada vez mais, consumindo o que não se precisa e vivendo de ostentação. Quase não há felicidade por si só, por alcançar o que se quer puramente, há sempre a comparação com o outro. Daí, que a grama do vizinho é sempre mais verde.

Então, entramos nesse jogo, que vira um círculo vicioso, em que chegar à frente significa possuir mais bens materiais e status que realização pessoal. E é tudo tão imediatista que não teremos tempo para nos dedicar ao que mais gostamos, mas ao que trará resultado mais rápido. É a corrida de ratos, como citado no livro “Pai Rico Pai Pobre”, no entanto, lá a citação era sobre finanças. Mas é o mesmo exemplo, círculo vicioso.

Assim, influenciado pelas necessidades, escolhemos o caminho mais curto, ou seja, abrir mão de sonhos, por uma carreira mais promissora, mais rápida, onde já estamos envolvidos. Daí será preciso aprender a gostar desse trabalho, e esquecer que sempre se sonhou com outra coisa.

Não, eu não sou visionário, nem madre Tereza, sei que vivemos do capital. No entanto, não acredito que seja bom nem saudável, dedicar metade de toda minha vida em torno de algo que tenho que fazer força pra gostar todo dia. Isso quando podemos escolher, porque, tem muita gente que não tem essa opção, infelizmente.

Gostar do que se faz é muito importante, mas fazer o que se gosta me parece o ideal, pois, assim, o prazer que terá será tão especial, que naturalmente a recompensa é gerada, social e economicamente. Porém, esse ciclo leva um tempo para se aperfeiçoar. Se por qualquer motivo não temos esse tempo, é difícil mesmo conciliar os interesses.

Agora, é com preocupação que vejo as pessoas se distanciarem de seus objetivos logo no momento da escolha do curso no vestibular, optando por curso que não tem a menor afinidade, realizando sonhos dos pais em detrimento aos seus, dando respostas aos amigos e à sociedade e não a si mesmo. Não há uma regra, mas é certeza que tudo isso tem relação direta com as chamadas doenças da modernidade, como depressão, pânico e uso discriminado de algum tipo de droga. Geralmente as pessoas ficam com esses distúrbios em consequência de um longe período de ansiedade e/ou estresse. Quer motivo maior para geração dessas sensações que a frustração de ter deixado de lado o que tanto se quis, um objetivo, um sonho, uma carreira. Imagine isso te corroendo por 20, 30, 40 anos e a cada dia tendo que provar mais e mais, tendo que gerar melhores resultados, cuidar da família, só mesmo sendo um super-herói pra aguentar.

Por tudo isso, fazer o que se gosta, ainda está no topo das minhas escolhas de vida.

Forte abraço!

POR: EMERSON SILVA.

Cursos Online na Área de Recursos Humanos

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Fale Conosco